Como Mixar Uma Música Parte 3

quarta-feira, 22 de junho de 2011


Realmente começando a mixar Agora iremos começar de verdade o processo da mixagem. Tenho certeza que muitos entusiasmados irão pular direto para este ponto, imaginando que este é realmente o ponto de partida. Vocês que fizeram isso vão se encontrar em um grande buraco logo, logo...
Porquê? Aqui vão algumas razões (existem muitas outras):
Se você entra nesse ponto e consegue um som de bateria realmente incrível e depois descobre que, familiarizando-se com o som, que ela tinha uma intenção mais leve, meio de balada. Você irá simplesmente perder horas tentando encaixar a sua “super” bateria, que no final ainda vai ficar soando errada.
Da mesma forma, você pode mixar quase todos os tracks, e descobrir que adicionando os vocais e ouvindo a letra o tratamento musical não condiz em nada com a natureza lírica da música.
Para quem está seguindo os passos corretamente e resumindo: você conhece perfeitamente a música e sabe onde quer chegar, porém como chegar até lá?
É muito simples de explicar. Você irá trabalhar em cada instrumento na mix, cuidadosamente refinando seu som, e verificando se ele age contra algum outro som na mix. Naturalmente você terá que voltar em cada instrumento umas 2 ou 3 vezes (ou até mais) assim que a mix estiver tomando forma.
Conforme estiver caminhando para o fim, tudo estará soando como uma parte de uma “mesma” música. Isto é o mais difícil de tudo o que eu escrevi até agora. Geralmente sobra sempre uma ou duas coisas que nunca soam como se estivessem “grudadas” com o resto da música.
EM QUAL ORDEM DEVO COMEÇAR ENTÃO?
Isso você deve decidir, mas como bateria e baixo formam a espinha dorsal de toda música com a voz situado no topo de todo o resto, faz sentido começar a construir sua mix pensando em termos de camadas que formam todo o conjunto. Quando começar a trabalhar em cada som, a tendência é sempre ouvi-lo isoladamente, e então aprovar as mudanças ouvindo o track junto com todo o resto da mix.
Uma sugestão de ordem de tratamento para cada track pode ser assim:
• Bateria
• Baixo
• Sons "pad" (teclados ou guitarras rítmicas)
• Outras partes principais “lead” (guitarras solo / teclados solo)
• Partes incidentais (metais / efeitos)
• Percussões
• Vocais
• Backing vocais

A idéia é rodar em torno destes instrumentos algumas vezes, então partir para:
• Programar os “mutes” nos tracks acima
• Compressão geral da mix (vá devagar aqui!...)
• Ajuste fino dos níveis de fader
• Transformar a mix em um arquivo WAV ou AIF estéreo
• Ir pra cama e dormir um pouco, deixando tudo como está!
• Verificar tudo na manhã seguinte

Tenho a certeza que você irá querer equalizar a mix total no final, mas aja com muito cuidado ao fazer isso!! Simplesmente não é uma boa idéia. Você sempre poderá equalizar a mix outro dia depois de “vivido” um pouco com aquela mixagem por um tempo, pois se você estragar tudo, sempre poderá voltar ao original. Se você errar a EQ da mix no AIF ou WAV, será muito difícil de consertar depois.
Este tipo de tratamento você pode deixar para o engenheiro de masterização, mas não acho nada errado uma compressão bem de leve (bem de leve mesmo) na hora de fazer o “mix down” ou “bounce” (passar para um arquivo WAV ou AIF). Uma compressão leve afetará o balanço da mix levemente, portanto é bom fazer isso somente no final, após ter acertado todos os detalhes mais finos no faders antes.
Nos próximos artigos iremos trabalhar a mixagem instrumento a instrumento!

fonte: http://vandopereira.blogspot.com

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